A Marisqueira - Surpresa do destino

Desde criança, quando eu voltava do colégio de ônibus, passava na frente do restaurante A Marisqueira, na Barata Ribeiro, em Copacabana, e observava com um certo desejo de conhecê-lo.
Passaram-se muuuuuitos anos e o desejo jamais se transformou em realidade. Não que houvesse algum motivo especial para não ir, mas ele sempre acabava ficando como uma opção 2, um plano B para qualquer outra saída.
Pois bem, ontem saí de casa com um destino traçado e bem específico. Eu e minha namorada (o Gourmecindo tem uma namorada e não é a Enólia, para que não haja confusão) fomos à Polonesa. Eu já pensava naquele Hering delicioso quando de repente, ... portas fechadas. Não perdemos tempo e fomos em direção do Alfaia, logo alí perto. Eu já pensava naqueles bolinhos de bacalhau quando de repente,... fechado para obras.
E não é que quando olho para ver quem poderia me ajudar, com luzes acesas e um movimento razoável para uma segunda-feira pré-feriado, lá estava A Marisqueira.
Ao entrar no restaurante me deparei com um ambiente que, mesmo sem nunca ter ido até lá, me parecia absolutamente familiar. Uma decoração tão característica de restaurantes com mais de meio século e com donos portugueses. Ladrilhos coloridos nas paredes, garrafas de vinho a vista, garçons "pinguins" extremamente solícitos e simpáticos e um maitre que atendia como se eu fosse da casa. Bonito ver o orgulho dele ao dizer que já estava alí há 35 anos. Talvez um orgulho tão grande quanto o do nosso garçon, há 41 anos servindo naquela mesma casa.
Mas vamos ao que interessa, a comida. Resolvemos não pedir um dos pratos para dois (aliás, tudo muuuuuito bem servido para dois). Ficamos brincando de pedir o que desse como entrada. E aí foram bolinhos de bacalhau deliciosos (até esqueci do "trauma" do Alfaia não estar aberto), sardinhas portuguesas legítimas feitas na brasa, uma Alheira que foi algo d'outro mundo e, finalmente, uma salada de mexilhões ao vinagrete. Em relação a este último prato, um pouco desconfiado de pedir o marisco em um restaurante onde eu nunca havia ido, chamei o maitre para fazer aquela famosa pesquisa com perguntas cuja resposta só pode ser "claro Senhor, nossos produtos estão fresquíssimos" ou "sai demais, o Senhor pode pedir tranquilo". Pois bem, perguntei mesmo assim se a tal salada era boa mesmo e se estava fresquinha e adivinhem só qual foi a resposta,... "claro Senhor, sai demais e estão fresquíssimos". De alguma forma, tomei total confiança naqueles dizeres tão previsíveis do Maitre que ainda complementou dizendo que eram de Santa Catarina e que eram "tipo exportação".
Pois bem, vocês não acreditam no que aconteceu na seqüência. Chegou a mesa uma travessinha com o vinagrete e, sob os pedaços de cebola e tomate picados, mexilhões ENOOOORMES e "MARRAVILHOSOS" (como diria Troigros). A esta altura do campeonato, a única coisa que faltava era espaço no bucho para comer tanta comida, e assim terminamos o jantar, pescando mexilhões no vinagrete e torcendo nossa garrafa de Cartuxa até a ultima gota de vinho.
Semi-bêbados, ainda comemos um pudim de leite da casa e, "rolando", fomos aos braços de morfeu.
A Marisqueira fica em Copacabana, Rio de Janeiro.

Buenos Aires – Buena gula!!!

O Gourmeria está mais internacional do que nunca. A última gastro-trip foi para Buenos Aires onde tive deliciosas surpresas gastronômicas. Se a economia argentina não anda muito bem, não se pode falar o mesmo de sua gastronomia.

Não vou evoluir muito explicando tudo que comi, mas vou deixar uma pequena lista de boas recomendações para quem quiser passar por lá:

Cabanas Las Lilas – “Que surpresa esta recomendação!!!” Pois é, você pode estar dizendo isso, afinal 10 entre 10 brasileiros que recomendam uma boa casa de carnes recomenda esta. Pois bem, eu também recomendo. Cortes argentinos feitos no ponto e medida que uma boa carne pede.

Sucre – Um restaurante contemporâneo com ar de “Zuka'”. Muito bom para todos os gostos.

Empanadas San Juninas – Pé sujo típico para se comer empanadas de dia. Atendimento por uma simpática velha guarda de garçons.

Astrid&Gaston – Um restaurante de comida Peruana refinada, num ambiente bastante sofisticado.

Freddo – Peça o sorvete de doce de leite.

El Paraiso – Fica atrás do Caminito. Tem clima de churrasco na casa de amigos.

 

Divirtam-se!!!

Manekineko - Uns se vão e outros vem...

Lembro com saudade de quando os primeiros restaurantes japoneses chegaram ao Rio. Mariko no Ceaser Park Hotel era o máximo para mim. Tinham outros como o Tanaka da Lagoa, Miako na Prudente de Moraes e o Kotobuki. Mas um deles se destacava, o Madame Butterfly. Era considerado um "must" dos Japoneses, com produtos e serviços impecáveis (e preços pra lá de salgados também). Filas eram constantes e fazer reservas era recomendável. Sabe-se lá porquê, ao mesmo tempo que a culinária japonesa só evoluiu na cidade e o trecho das "quadras de ouro" de Ipanema fortaleceu cada vez mais sua imagem de destino gastronômico na Zona Sul, o Madame Butterfly foi declinando, definhando, sumindo, desaperecendo...até que finalmente desapareceu!
Por felicidade, onde antes estava aquele restaurante "zumbi", acaba de abrir um novo Manekineko, com arquitetura linda e, apesar de todas as minhas restrições pelo fato de se tratar de um restaurante de rede tão comercial, comida maravilhosa.
Com mais duas pessoas, degustamos pratos diferentes como o Monte Fuji e bebemos drinks de sakê realmente deliciosos.
O cardápio com fotos (que poderia ser pra lá de brega) é bem feito e ajuda na escolha dos pratos especiais.
Duas dicas. A primeira é pedir o que tem de diferente. Quando se trata dos sushis e sashimis tradicionais, o restaurante acaba perdendo para muitos outros japas.
A segunda dica é conferir a conta. A primeira versão veio com o dobro de itens que pedimos. Foi preciso três idas e vindas até acertarem. Dei um "desconto" para a turma pois fui no segundo dia de operação do restaurante e ainda estavam batendo cabeça. Vai melhorar.
Manekineko fica na Barão da Torre - Ipanema

Meza - Mais do que a moda das "comidinhas"

Esse negócio de "comidinhas" virou moda e confesso que ja estou meio de "saco cheio" dessa história. Em qualquer esquina tem um restaurante com pratinhos, bowlzinhos, inhos e mais inhos...
Mas tem restaurante que é mais do que a moda, e o Meza Bar, em Botafogo, é um deles. A começar pelo ambiente que é uma delícia. Um sobrado reformado num confortável ambiente com espaçamento humano entre mesas. Espaçamento humano é aquele em que pessoas normais conseguem circular entre as mesas sem entrar nos becos sem saída que surgem por causa da "fome" de alguns donos de restaurante que querem entulhar clientes dentro a casa.
O cardápio é pequeno mas preciso. PEquenas porçoes que vão de saladas a risotos. Eramos quatro pessoas e pedimos croquetes de pernil de cordeiro com molho de hortelã, camarões com molho de blood mary, bruschetas de mix de cogumelos e chips de batata baroa com tatar de salmão oriental. Todos maravilhosos.
Os drinks também estavam espetaculares. Bebi o Smove (Saque com uva rubi, manjericão e gengibre). Ainda experimentamos a caipi-saquê de morango e de lichia.
POr último, mas não menos importante, o atendimento foi muito bom, com garçons simpáticos e eficientes.
A Gourmeria SA recomenda.
Meza Bar - Capitão Salomão - Botafogo - Rio de Janeiro

Ping Pong - o restaurante de tapas chinesas

Quem lê este blog já sabe que a-d-o-r-o tapas. Mas que tal tapas chinesas. Foi assim que me senti no Ping Pong, um restaurante especializado em Dim Sum que tem sua primeira operação em Londres e há algum tempo abriu as portas em São Paulo.
Eramos seis pessoas e sentamos numa mesa redonda belíssima, num ambiente mais belo ainda, pessoas bonitas e alto astral. Aliás, a experiência já vale pela decoração.
Os pedidos foram feitos sem olhar muito o cardápio. Simplesmente fomos apontando o que víamos para que nos trouxessem também. Divertido assim!
Comemos dim sums de camarão, beringela, vieiras, pato, fritos ou cozidos no vapor. Os rolinhos de cordeiro e legumes estavam especialmente gostosos. Vários molhinhos acompanhavam os pratos, basicamente servindo para que cada um pudesse personalizar suas escolhas em sabores mais ou menos picantes.
PingPong fica no Itaim - São Paulo.

Bargaço - Sabor da Bahia

Em vista da grande espera que eu teria entre o vôo de Ilhéus para Salvador e a conexão de Salvador para o Rio, tomei a iniciativa de ligar para uma grande amiga baiana que me indicasse onde eu poderia ter a maior e melhor experiência gastronômica da tradicional comída típica da Bahia. Ela não titubeou e lá foi a dica: Bargaço!
Vocês não podem acreditar o que foi esse almoço. Sabe quando você fica na dúvida entre todos os pratos, sem saber o que pedir. Pois bem, a solução foi pedir o Misto Bargaço de entrada. Um prato muito bem servido com com camarões VG ao alho e óleo, casquinha de siri e deliciosas agulhinhas fritas...que saudade. Produtos de primeira, saborosos, suculentos, m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s!
Depois, também na política do quero de tudo um pouco, pedi a Grand Muqueca Mista Bargaço. Dentro de um panela fumegante de barro veio aquele caldo de cor amarela alaranjada, grossa recheada com camarões, badejo e LAGOSTAS!!!! E o pirão? E a farofa amarela? E o pratão para quatro que foi devidamente devorado por apenas duas pessoas?!!!! Irresistível e inesquecivel.
Apesar de um carrinho de doces repleto de cocadas que nos chamava, realmente não cabia mais nada e restou tomar o cafezinho de saideira.

BARGAÇO fica em Salvador - BH

Churrascaria Apolo

Esta pequena mas elegante Churrascaria fica escondida lá pelas bandas de Ipanema. Quase um clube privet a Apolo reúne apenas a nata, a diretoria do mais badalado Blog na história da Internet, ... , este é claro. Especializada em picanha uruguaia, peixes e espetinhos variados (até o momento), a Apolo conta com uma variada carta de vinho (destaque para os da Importadora Daddy's Wine), cervejas artesanais e o mais importante, a simpatia do Chef Gourmecindo, que te recebe tão bem que até parece que você está na casa dele.